Tireoidectomia
É a retirada da glândula tireóide por nódulos, aumentos glandulares (chamados de bócios) ou tumores como o carcinoma papilífero (o mais comum), carcinoma folicular e carcinoma medular.
Hoje em dia, não realizamos apenas a retirada do nódulo, a nodulectomia, como se fazia no passado. As cirurgias retiram a tireóide de acordo com sua divisão anatômica e variam desde uma istmectomia (retirada do istmo), lobectomia (retirada do lobo direito ou esquerdo), hemitireoidectomia (retirada do istmo e de um dos lobos) e tireoidectomia total (retira toda a glândula). Dependendo do tamanho da glândula, isto pode ser feito por mini incisão ou mesmo sem cicatriz por técnicas de videocirurgia.
Cirurgia Robótica
A cirurgia robótica vem sendo adotada em diversas especialidades, inclusive a cirurgia de cabeça e pescoço. O cirurgião comanda as pinças do robô através de um console, que funciona como uma interface digital, possibilitando visão magnificada e em 3 dimensões, além da mobilidade das pinças que é superior a movimentação da mão humana. Tudo isso torna a dissecção muito precisa e delicada trazendo resultados realmente impressionantes. A cirurgia robótica transoral permite a retirada de tumores da garganta sem a necessidade de traqueostomia e com recuperação bem mais rápida do que a cirurgia tradicional. Além disso o robô também vem sendo empregado em diversos tipos de cirurgia.
Submandibularectomia Sialoendoscopia
É a retirada da glândula submandibular por tumores ou alterações inflamatórias como infecções repetidas (sialoadenites) e cálculos ou pedras (sialolitíases).
A sialoendoscopia auxilia no diagnóstico e consegue retirar cálculos (pedras) do interior do canal das glândulas salivares, evitando a cirurgia para retirada da mesma.
Parotidectomia
É a retirada da glândula parótida por nódulos e tumores. Envolve a manipulação do nervo facial, o responsável pela movimentação dos músculos da face, e por isso pode trazer paralisia facial no pós-operatório.
Técnicas menos invasivas com a utilização da monitorização intra-operatória do nervo facial, como a parotidectomia minimamante invasiva (MIP), vem sendo cada vez mais utilizadas e com taxas de complicações bem menores do que a parotidectomia convencional. A foto demonstra um caso de MIP por mini incisão de 4 cm.
Esvaziamento Cervical
É realizado para o diagnóstico e tratamento de metástases no pescoço de tumores de diferentes origens. Pode ser associado a outras cirurgias, como a tireoidectomia e varia de acordo com sua localização e extensão.
Paratireoidectomia
É a retirada da(s) glândula(s) paratireóide(s) por tumores ou hiperplasias.
Na doença das glândulas paratireóides, geralmente uma só está acometida por um adenoma (tumor benigno). A retirada desta glândula pode ser feita com técnicas minimamente invasivas ou até sem cicatriz.
Traqueostomia
É comunicação da traquéia com o meio externo através de cânula apropriada, realizada para pacientes de UTI em ventilação mecânica e para pacientes com insuficiência respiratória. A técnica mais utilizada hoje em dia é a percutânea, realizada à beira do leito na UTI e guiada por broncoscopia ou ultrassom. Muito utilizada durante a pandemia do COVID-19.