A tireoide pode manifestar dois tipos distintos de problemas ou alterações. A primeira delas é a disfunção funcional, que ocorre quando a tireoide não produz os hormônios (T3 e T4) de maneira adequada (conforme discutido em postagens anteriores). O segundo tipo de alteração é estrutural e envolve questões relacionadas à arquitetura ou estrutura da tireoide, como a presença de nódulos, cistos ou, em casos mais sérios, câncer. Em algumas situações, é possível a ocorrência simultânea de ambas as alterações, como no caso de um nódulo que autonomamente produz hormônios. Estima-se que de 10% a 40% da população possa apresentar nódulos, especialmente as mulheres.
Um nódulo é caracterizado por qualquer lesão que se assemelhe a uma pequena bolinha ou caroço. Sem a realização de exames, como o ultrassom (USG), torna-se difícil determinar se trata-se de fato de um nódulo ou de um cisto. A distinção crucial reside no fato de que, por definição, um cisto é preenchido por líquido, ao contrário de um nódulo verdadeiro, que é sólido em sua composição interna. Vale ressaltar que nódulos de grande tamanho podem ocasionar sintomas, como dor, dificuldade para respirar, falar, engolir e episódios de engasgo.
O crescimento do cisto ocorre devido à pressão osmótica, onde as células da camada interna descamam, liberando proteínas no interior do cisto e atraindo líquido do ambiente externo para seu interior. Por outro lado, o nódulo cresce por meio da proliferação de suas próprias células, sendo diagnosticado como um nódulo adenomatoso.
O câncer de tireoide representa uma categoria distinta de lesão estrutural e não guarda relação com nódulos comuns ou cistos. Seu desenvolvimento é marcado pela proliferação descontrolada de células com mutação em seu DNA. Cada tipo de câncer possui sua própria designação, sendo os mais comuns:
Carcinoma papilífero
Carcinoma folicular
Carcinoma medular
Carcinoma anaplásico #cirurgiaodecabecaepescoco
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