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Cirurgia robótica, conheça


Não dá para falar em avanço em cirurgia sem falar de robótica. Ela permite que o médico realize alguns procedimentos cirúrgicos complexos com mais precisão, flexibilidade e controle em relação a técnicas cirúrgicas convencionais. A cirurgia robótica representa um grande avanço tecnológico com vantagens como: menor dor pós-operatória, menos complicações, menor necessidade de transfusão sanguínea, melhor e mais rápida recuperação, além das vantagens para o cirurgião como a visualização 3D em alta definição, magnificação dos tecidos e do campo operatório, maior precisão e maior delicadeza comparada às abordagens convencionais para determinadas doenças e procedimentos.


Controlados pelo cirurgião por meio de um console, os braços do robô replicam os movimentos realizados pelas mãos do cirurgião com extrema precisão e delicadeza, alcançando locais onde a mão humana não conseguiria e realizando movimentos mais amplos do que a própria mão do cirurgião.


Atualmente, na especialidade de cirurgia de cabeça e pescoço, a tecnologia robótica pode ser utilizada por via transoral ou cervical.


A via transoral (Transoral Robotic Surgery – TORS) pode ser empregada para o tratamento de tumores benignos e malignos da orofaringe, laringe, hipofaringe e espaço parafaríngeo.


Geralmente, os pacientes submetidos a esse tipo de cirurgia robótica não necessitam de traqueostomia e sonda para alimentação, e nos poucos casos necessários, são por tempo mais curto comparado aos acessos convencionais. Ou seja, a recuperação é melhor e mais rápida.


Outra aplicabilidade da cirurgia por robô é a realização de cirurgias cervicais por meio de acessos remotos, como a via retroauricular (incisão atrás da orelha). A vantagem é estética e também funcional, com cicatrizes escondidas na linha do cabelo e a região anterior do pescoço livre no pós operatório.


Esse tipo de cirurgia tem sido empregada em casos selecionados de esvaziamentos cervicais (procedimento utilizado para erradicar metástases dos linfonodos regionais do pescoço), ressecção de tumores da glândula submandibular ou outros tumores benignos (como o paraganglioma carotídeo e o schwanoma).

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